A arte de esquecer
Esquecemos a imensa maioria das memórias que formamos.
Algumas se perdem por falta de uso; mas muitas ficam simplesmente menos acessíveis à recordação por ação direta de mecanismos cerebrais, voluntários ou involuntários.
A perda de memória por falta de uso corresponde ao esquecimento real, e obedece a atrofia em maior ou menor grau de componentes específicos das sinapses.
A diminuição, às vezes total; de acesso às memórias é causada por mecanismos ativos que envolvem vias metabólicas específicas, expressão gênica e síntese protéica em uma ou mais regiões cerebrais.
Quando a diminuição total pode-se falar também de uma forma de esquecimento; mas este é ativo. Há basicamente dois tipos de redução da evocabilidade de memórias: a extinção e a repressão. É possível que ambas respondam a processos semelhantes.
O indivíduo as percebe como esquecimentos, mas não sãos. A extinção é muitas vezes terapêutica e se utiliza em psiquiatria para atenuar memórias danosas para o individuo (fobias, estresse pós-traumático).
A repressão pode ser, voluntária ou não: o cérebro tem a capacidade de atenuar memórias que julga imprópria ou prejudicial independentemente de nossa vontade.
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