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16 de março de 2018

Veículos Elétricos: Vantagens e Desafios

O carro do futuro será elétrico. Esta é a afirmação de Sergio Leal Braga, Diretor do ITUC, da Pontifica Universidade Católica, Rio de Janeiro, personalidade convidada para mais uma edição do programa “Ciência às 19 Horas”, promovido pelo IFSC, que decorreu no dia 18 de outubro de 2011, pelas 19 horas, no auditório Sérgio Mascarenhas. Para o palestrante, a evolução do veículo automóvel, tal como conhecemos, chegou ao fim, e é tempo de regressar às origens, atendendo ao fato que os primeiros veículos fabricados no mundo foram elétricos. Justificação: a preocupação com o meio ambiente e a diminuição das emissões poluentes.

Mas, será que é realmente viável a introdução do veículo elétrico? Sergio Braga, cuja sua área de pesquisa incide nos combustíveis fósseis, não tem dúvidas a esse respeito:

Eu acredito que sim. O mundo está tão apostado em reduzir as emissões poluentes e buscar a eficiência energética, que chegamos completamente no limite do que é possível fazer com um motor de combustão. Então, hoje só tem um jeito de resolver esse problema: colocar esse motor para funcionar em regime estacionário e fazer a propulsão virar elétrica. De fato, o automóvel, da forma como foi criado, está chegando ao final de seus dias e, embora saibamos que o petróleo não vai acabar, o certo é que temos que fazer algo para reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis e consumir menos, ou seja, usando a mesma quantidade de energia, mas de uma forma mais eficiente. Repare que enquanto num veículo tradicional sua eficiência gira na faixa dos 5%, na geração estacionária consegue-se chegar a 40% ou 50% – comenta Sergio Braga.

Há cerca de uma década, colocava-se a questão da inviabilidade de se utilizar carros elétricos, devido aos custos e ao tempo excessivo que era necessário para recarregar as baterias. Contudo, num curto espaço de tempo esses problemas foram sanados e hoje são problemas bem menores:

Por exemplo, nos Estados Unidos já existem – embora em fase de demonstração – ônibus elétricos em circulação, cujo tempo para carregar as baterias demora menos de dez minutos, e essa carga dá para rodar cerca de 40 milhas. O custo dessas recargas é muito baixo, mas o custo do desenvolvimento desse processo é muito alto. Contudo, muito em breve essa equação estará resolvida – argumenta o palestrante.

Contudo, a defesa de Sergio Braga para a introdução do carro elétrico no cotidiano das populações é apenas em uma perspectiva urbana, ou seja, dentro das cidades, onde atualmente existe uma forte concentração de poluição atmosférica. Para ele, não está em causa a utilização dos carros elétricos em grande viagens, já que o consumo de energia seria excessivo:

Quanto mais engarrafado for o trânsito, melhor será a aplicação do carro elétrico, pois ele é indicado para isso mesmo. Contudo, a pesquisa está avançando rapidamente, principalmente no que concerne ao desenvolvimento de novas baterias, mais leves, com maior autonomia, etc. Repare na particularidade do anda e para na cidade, onde o consumo de combustível e a poluição são enormes. Nessas condições, o carro elétrico tem a particularidade de desligar automaticamente o motor cada vez que para, e, cada vez que você freia ele recupera a energia cinética. Por outro lado, estou apostando muito no desenvolvimento de veículos com motores elétricos nas rodas, o que provocará uma redução substancial no preço deles, através de uma mecânica muito simples – acrescenta o palestrante.

Para Sergio Braga, daqui a quinze ou vinte anos os carros e motos elétricas dominarão o trânsito nas grandes cidades:

O futuro está aí e temos que preservar o planeta – conclui o convidado do IFSC.

Rui Sintra – jornalista

12 de março de 2018

Veículos elétricos: vantagens e desafios

O carro do futuro será elétrico. Os primeiros veículos fabricados no mundo foram elétricos. Em seguida surgiram os veículos com motor a combustão. No século XXI, com a preocupação com o meio ambiente, ressurgem com força os veículos com tração elétrica. Os desafios hoje são outros, e bem diferentes dos enfrentados séculos atrás. Como superá-los?

 

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Resenha

Sergio Leal Braga

O carro do futuro será elétrico. Esta é a afirmação de Sergio Leal Braga, Diretor do ITUC, da Pontifica Universidade Católica, Rio de Janeiro, personalidade convidada para mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, promovido pelo IFSC, que decorreu no dia 18 de outubro de 2011, pelas 19 horas, no auditório Sérgio Mascarenhas. Para o palestrante, a evolução do veículo automóvel, tal como conhecemos, chegou ao fim, e é tempo de regressar às origens, atendendo ao fato que os primeiros veículos fabricados no mundo foram elétricos. Justificação: a preocupação com o meio ambiente e a diminuição das emissões poluentes.

Mas, será que é realmente viável a introdução do veículo elétrico? Sergio Braga, cuja sua área de pesquisa incide nos combustíveis fósseis, não tem dúvidas a esse respeito:

Eu acredito que sim. O mundo está tão apostado em reduzir as emissões poluentes e buscar a eficiência energética, que chegamos completamente no limite do que é possível fazer com um motor de combustão. Então, hoje só tem um jeito de resolver esse problema: colocar esse motor para funcionar em regime estacionário e fazer a propulsão virar elétrica. De fato, o automóvel, da forma como foi criado, está chegando ao final de seus dias e, embora saibamos que o petróleo não vai acabar, o certo é que temos que fazer algo para reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis e consumir menos, ou seja, usando a mesma quantidade de energia, mas de uma forma mais eficiente. Repare que enquanto num veículo tradicional sua eficiência gira na faixa dos 5%, na geração estacionária consegue-se chegar a 40% ou 50%, comenta Sergio Braga.

Há cerca de uma década, colocava-se a questão da inviabilidade de se utilizar carros elétricos, devido aos custos e ao tempo excessivo que era necessário para recarregar as baterias. Contudo, num curto espaço de tempo esses problemas foram sanados e hoje são problemas bem menores:

Por exemplo, nos Estados Unidos já existem ? embora em fase de demonstração ? ônibus elétricos em circulação, cujo tempo para carregar as baterias demora menos de dez minutos, e essa carga dá para rodar cerca de 40 milhas. O custo dessas recargas é muito baixo, mas o custo do desenvolvimento desse processo é muito alto. Contudo, muito em breve essa equação estará resolvida, argumenta o palestrante.

Contudo, a defesa de Sergio Braga para a introdução do carro elétrico no cotidiano das populações é apenas em uma perspectiva urbana, ou seja, dentro das cidades, onde atualmente existe uma forte concentração de poluição atmosférica. Para ele, não está em causa a utilização dos carros elétricos em grande viagens, já que o consumo de energia seria excessivo:

Quanto mais engarrafado for o trânsito, melhor será a aplicação do carro elétrico, pois ele é indicado para isso mesmo. Contudo, a pesquisa está avançando rapidamente, principalmente no que concerne ao desenvolvimento de novas baterias, mais leves, com maior autonomia, etc. Repare na particularidade do anda e para na cidade, onde o consumo de combustível e a poluição são enormes. Nessas condições, o carro elétrico tem a particularidade de desligar automaticamente o motor cada vez que para, e, cada vez que você freia ele recupera a energia cinética. Por outro lado, estou apostando muito no desenvolvimento de veículos com motores elétricos nas rodas, o que provocará uma redução substancial no preço deles, através de uma mecânica muito simples, acrescenta o palestrante.

Para Sergio Braga, daqui a quinze ou vinte anos os carros e motos elétricas dominarão o trânsito nas grandes cidades:

O futuro está aí e temos que preservar o planeta, conclui o convidado do IFSC.

Rui Sintra – jornalista

Veículos elétricos: vantagens e desafios
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Veículos elétricos: vantagens e desafios

12 de março de 2018

Energia Eólica, perspectivas políticas e técnicas

A palestra irá obordar a atual matriz de geração de energia elétrica, a perpectiva de crescimento da demanada, o impacto da mudança de paradigma do transporte terrestre (carros elétricos).

Após a visão geral da atual geração e consumo, serão mostrados as vantagens e desvantagens da energia eólica, mostrando a atual tecnologia, e as novas tecnologias promissoras. Além dos aspectos tecnológicos, seram abordados os aspctos polícos, ecológicos, e sociais da energia eólica no Brasil.

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Resenha

Prof. Dr. James Rojas Waterhouse

Decorreu ontem, dia 17 de agosto, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC), mais uma palestra inserida na iniciativa denominada “Ciência às 19 Horas”, um programa que está completando, neste mês de agosto, seis anos de existência.

As tradicionais fontes de energia, em contraste com as novas fontes de energia renovável e as mudanças dos paradigmas no mundo, em especial no Brasil, deram a tônica para que o palestrante, Prof. Dr. James Rojas Waterhouse, docente e pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos – Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística, entrasse no tema principal da sua abordagem “Energia Eólica: perspectivas políticas e técnicas”, perante um grandioso número de público.

Antes, porém, coube ao Prof. Dr. Eduardo Ernesto Castellano fazer a apresentação do palestrante, tendo enaltecido o seu perfil acadêmico e, principalmente, a sua postura autodidata e de empenho em prol da ciência nacional. De forma sucinta, o Prof. Castellano deu a conhecer a todos os presentes as qualidades acadêmicas e científicas do palestrante convidado, com especial destaque para o fato de James Waterhouse ser o autor de uma pesquisa inédita que abre portas para a conversão, para álcool, dos motores de avião, viabilização esta que, segundo Waterhouse “só depende de vontade política para se concretizar”.

Em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC, o Prof. James Waterhouse enfatizou o fato da energia eólica ter explodido de repente em todo o mundo, graças ao simples fato de se ter descoberto que é a primeira fonte de energia renovável com um custo baixo, tendo dado o exemplo da Europa, onde virou uma febre: “De fato, é impressionante verificar o que está sendo feito na Europa, em termos da implantação da energia eólica. De repente, todo o mundo descobriu as vantagens desta fonte de energia renovável, a tal ponto do velho continente já começar a se debater com falta de espaço para implantar as estruturas captadoras de energia (mais conhecidas como ‘moinhos’).”

Contudo, não é só a Europa que vive o furor da energia eólica. Na Ásia, em especial na China, que é o maior fabricante de geradores eólicos do mundo, são instalados todos os meses, em seu território, entre quinhentos e mil geradores, uma demanda que tem impossibilitado (pelo menos até agora) que aquele país comece a exportar componentes.

“Com a falta de espaço para a implantação de mais geradores eólicos em terra e com o intuito de amenizar alguns problemas relacionados com o funcionamento daquelas infraestruturas – principalmente devido ao ruído e à poluição visual que provocam – os países mais desenvolvidos começaram agora a olhar para o mar como uma opção bastante viável e mais eficaz. Assim, o ruído deixará de ser um problema, o impacto visual deixará de ter importância, a predominância de ventos será mais constante do que em terra, embora a instalação de cabeamento e das fundações marítimas possam dificultar um pouco a implantação das estruturas, encarecendo-a. Mesmo assim, o preço não será muito elevado, tendo em consideração o conjunto de benefícios para a sociedade” – explicou James Waterhouse.

Se a febre da energia eólica invade Europa, Ásia e Estados Unidos, o panorama na América do Sul desenha-se tímido, principalmente devido a indecisões políticas na área de energia, embora seja do conhecimento público os benefícios trazidos por essa energia limpa e renovável. Por exemplo, cada gerador de energia eólica distribui, em média, cerca de 2 Mw: considerando que cada pessoa consome, em média, perto de 70 W, só um gerador eólico poderá distribuir energia para cerca de 30 mil pessoas.

Para James Waterhouse “embora a energia eólica seja mais barata do que a energia solar, esta última é, de fato, a energia do futuro. Por outro lado, a energia solar é mais falível, pois nem sempre tem sol… e vento tem sempre, por muito pouco que seja”.

Além da energia eólica, a palestra do Prof. James Waterhouse debateu também a atual matriz energética do Brasil e o equívoco que o país comete em temas relacionados com o álcool, biomassa e o lixo: “(…) neste capítulo, estamos comendo a casca e jogando fora a banana. O álcool é apenas um subproduto e queimamos a cana, que é uma fonte de energia importantíssima, ao contrário de recolher e de a transformar em gás. Jogamos fora (queimamos) a energia que devíamos aproveitar e poluímos de forma drástica a atmosfera. Ninguém vê que a biomassa, no Brasil, tem tendência a crescer e que, com isso, o país poderia resolver o seu problema energético. Por outro lado, temos outra fonte de energia importante, que igualmente jogamos fora: o lixo. A Inglaterra e outros países já aproveitam o lixo como fonte de energia. Abandonaram completamente a idéia de construir aterros sanitários e o Brasil deveria seguir o exemplo. Em vez de ser recolhido e enterrado, o lixo deve ser queimado e transformado em gás. De forma muito tímida, só agora é que alguns núcleos da nossa sociedade se dão conta que têm um tesouro energético e ambientalmente correto nas mãos e que estão jogando ele fora diariamente (…)”  acrescentou o palestrante.

James Waterhouse defendeu também que o Brasil aposte, num futuro próximo, em energia solar, especialmente para o aquecimento de água, aproveitando a sua condição de país tropical, tendo estimado que em 2012 a procura por esse tipo de energia, no mundo, atinja o auge.

Finalmente, outro dos pontos abordados pelo palestrante foi a introdução do carro elétrico no cotidiano da sociedade, como está acontecendo atualmente na Inglaterra: “A introdução do carro elétrico no cotidiano da sociedade está sendo um terrível erro. Só na Inglaterra prevê-se que nos próximos 10 anos sejam construídos e vendidos perto de 10 milhões de carros elétricos. Então, sabendo-se já que uma recarga lenta para um desses veículos consome diariamente 6Kw por 8 horas, ou, como opção, 50 Kw em sistema de carga rápida, eu pergunto: onde se irá buscar a fonte de energia para essas recargas e como é que se vai pagar? Os cidadãos terão dinheiro para isso? Temos que encontrar outras fontes e formas de energia”.

Rui Correia Sintra – Jornalista

Energia Eólica, perspectivas políticas e técnicas
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Energia Eólica, perspectivas políticas e técnicas