Palestra

23 de novembro de 2023

Paleontologia em 60 minutos

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) apresentou no dia 22 do corrente mês a última edição de 2023 do programa “Ciência às 19h00”, desta vez com a participação do Prof. Tito Aureliano, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DINOlab – UFRN), que dissertou sobre o tema “Paleontologia em 60 minutos”.

Tendo em consideração que a humanidade surgiu há pelo menos 300 mil anos e que já foi alvo de inúmeras doenças e desastres naturais, sobretudo com a crescente mudança climática, o certo é que todos esses desafios também foram enfrentados por outros seres que dominaram este planeta no passado, incluindo os dinossauros.

Em seu olhar para o passado, o palestrante incidiu sua atenção para a compreensão de como diferentes grupos de organismos sobreviveram a esses desafios e o que eles têm a ensinar sobre o nosso futuro.

Através de inúmeros estudos, os pesquisadores conseguiram ver a forma como diferentes grupos de animais, em sua evolução e de forma natural, conseguiram encontrar soluções para enfrentarem e se protegerem dos enormes desafios provocados pelas mudanças ambientais, climáticas. “Quando olhamos para o passado e observamos todas as mudanças que aconteceram – e que começam a acontecer novamente agora -, todos os organismos e animais que dominavam o planeta, como os dinossauros, também passaram por desafios similares – doenças, parasitas e índices de temperaturas elevadas. Ao longo do tempo de sua existência, o corpo desses animais foi sofrendo adaptações naturais, algo que através dos nossos estudos foi possível entender o motivo por que eles viveram tanto tempo”, pontua o palestrante.

Atendendo a que o ser humano habita este planeta há cerca de 300 mil anos e que os dinossauros por aqui estiveram há 230 milhões de anos, nossa atenção deverá incidir  sobre como as mudanças que aconteceram no planeta foram afetando esses seres e como, de forma natural, foram surgindo soluções fisiológicas em seu organismo para os proteger. “Nesse capítulo e em relação a amenizar o calor e diminuir o cansaço, os dinossauros desenvolveram um sistema de respiração bem diferente dos restantes mamíferos. Principalmente os Brontossauros e Tiranossauros começaram a ter um sistema de sacos de ar internos, que prolongavam os pulmões, aumentando assim a quantidade de oxigénio, refrigerando o seu corpo e aumentando a resistência em seus exercícios físicos. Dessa forma, esses animais ao mesmo tempo que não se cansavam, suportavam as altas temperaturas que existiam naquele período”, finaliza o convidado.

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(Rui Sintra – Jornalista)

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