Nesta palestra, contextualizo a evolução dos acontecimentos que levaram o Brasil a estabelecer a cana-de-açúcar como cultivo de bioenergia. Faz parte da história da ciência, bem como de tentativas bem-sucedidas e fracassadas de políticas públicas nos séculos XIX, XX e XXI. Os eventos começaram com uma política pública do Governo Imperial em 1859, apoiando a produção de açúcar a partir da cana-de-açúcar. Em 1931, o Brasil aprovou uma lei para adicionar 5% de etanol à gasolina, o que levou à criação do pró-álcool programa em 1969. Após a primeira fase, que envolveu esforços do Governo e do engenheiros (1959-2000), a segunda fase (2000 até hoje) foi mais voltada para a ciência. Em meio tentativas frustradas e bem-sucedidas de distribuir etanol como combustível em todo o país em 1980, o Brasil produziu carros flex nos anos 2000. No início do século XXI, a bioenergia e as ciências da cana-de-açúcar levaram o país a uma posição de liderança em pesquisa na área. O Brasil já atingiu o estágio de bem estabelecido e continua melhorando continuamente a produção comercial de bioetanol de segunda geração. Entre os próximos desafios estão consolidação engenharia biológica da cana e o estabelecimento de sistemas de larga escala de reforma do etanol para produção de hidrogênio, que podem se conectar etanol à eletrificação.