O Prof. Nicholas Suntzeff (Distinguished professor da Texas A&M University – EUA) foi o palestrante convidado em mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, que ocorreu no dia 20 de junho, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma apresentação que foi subordinada ao tema – O Universo.
Mundialmente conhecido por ter criado, em 1994, junto com Brian Schmidt, o programa de observação de supernovas distantes, observações essas que quatro anos mais tarde mostraram que a expansão do universo é acelerada, dando origem ao conceito de Energia Escura (Schmidt e Adam Riess receberam o Prêmio Nobel de 2011), Suntzeff concedeu uma entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, antes de sua palestra, onde falou de sua teoria, do Universo, como um todo, e da interação que teve com os alunos do Instituto nesta sua passagem pelo Brasil e pelo IFSC.
Sempre bem humorado, permanentemente disponível, focado na sua áurea de conhecimento: estes são três dos predicados que conseguimos detectar, de forma espontânea, do perfil do Prof. Dr. Héctor Vucetich, docente aposentado e pesquisador da Faculdad de Ciencias Astronómicas e Geofísicas da Universidad Nacional de La Plata – Argentina, palestrante convidado de mais uma sessão do programa Ciência às 19 Horas, evento que ocorreu no dia 21 de maio, pelas 19 Horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC), que se encontrava completamente lotado.
O tema proposto para esta edição do programa Ciência às 19 Horas atraiu muita gente interessada em saber um pouco mais sobre os mistérios de tudo aquilo que nos rodeia: a palestra de Vucetich – “O Nascimento do Universo” – abordou as diversas formas como o Homem, desde a Antiguidade, vem tentando conhecer a estrutura e a história do Universo, inclusive influenciado, algumas vezes, por vários mitos cosmológicos, sempre na tentativa de obter mais explicações.
O Prof. Héctor afirma, em seu resumo referente à palestra, que o próprio Homem desenvolveu, na atualidade, seu próprio mito – o Big-Bang -, só que desta vez baseado nas leis da física.
Na Antiguidade, a influência dos deuses sobre tudo o que rodeava o ser humano, dos comportamentos aos seus pensamentos, terá sido o mote para que o Homem tentasse explicar aquilo que, para ele, era de todo inexplicável: e o Universo era um dos cenários onde residia essa influência divina, era o lar do divino. Para Vucetich, a própria cultura Azteca comprova essa influência.
Foi a partir da civilização grega que o Homem iniciou as suas indagações racionais sobre o Universo – sobre o céu: Há fortes indícios que os gregos pensavam que o Universo sempre teria existido da mesma forma como eles o viam, sem qualquer alteração, um conceito que coincide com a filosofia cristã, até porque na Bíblia se pode ler que Deus criou o Universo em sete dias. E aí, claro, começaram a aparecer as perguntas: Mas, quando é que o Universo foi criado? Qual foi a data? “A partir de Galileu, o Homem começou a querer saber a verdadeira história do Universo e, a partir desse momento, começou a descobrir que essa história estava intimamente ligada às leis da física, às leis da natureza, ou seja, indelevelmente ligada a conceitos científicos que passaram a ser estudados em laboratórios”, comenta o pesquisador.
Para Vucetich, o “Big-Bang” se parece mais com um mito científico, até porque, para o palestrante, um mito nada é do que uma história que versa tempos remotos, antigos, cujos protagonistas são sempre individualidades prestigiosas, mas distantes do conceito real. Assim, Vucetich considera que as leis da natureza, que supostamente serão as protagonistas do “Big-Bang”, embora prestigiosas elas são distantes do panorama real: “Considero o “Big-Bang” um mito científico: para outros, talvez seja um mito literário”, refere o palestrante.
Em face de este ponto de vista de Héctor Vucetich, a dúvida permanece: então, de que forma é que o Universo foi formado? Segundo a opinião do pesquisador, o Universo nasceu graças à existência de minúsculas partículas, totalmente insignificantes, que foram se expandindo ao longo de milhares de milhões de anos, até chegarem ao ponto em que as conhecemos hoje, e aí as leis da natureza foram-lhes dando forma. Para Vucetich, isto é o que a teoria moderna e as consequentes observações têm demonstrado até hoje.
Para Héctor Vucetich, como em tudo na vida, todo esse trabalho tem tido êxitos e insucessos: “Os principais êxitos que podemos referir com muita exatidão, já que, para os atingir, a complexidade dos trabalhos foi alta, são os inúmeros fenômenos e acontecimentos espetaculares que se observam diariamente no Universo e que são a base do nosso estudo e da evolução de nosso conhecimento”, pontua Héctor. Por outro lado, o pesquisador refere que o principal fracasso é o fato de os cientistas ainda não terem algo que possa ser observado e testado em laboratório, por forma a aumentar e refinar o conhecimento: “Ainda não conseguimos inventar uma substância com propriedades raras, por forma a escrever e a complementar, até a completar, a descrição do Universo”, salienta o professor. Com a evolução científica e tecnológica, havia indícios de que se pudesse avançar mais no conhecimento do Universo, mas isso não tem ocorrido de forma veloz. Apenas 5% do Universo é conhecido, ou seja, 95% do que nos rodeia está por descobrir, em termos de sua composição, o que, para Vucetich, é um verdadeiro fracasso: “Sim, é um fracasso! Sucesso seria você compreender tudo aquilo que vê, entender e explorar todas as substâncias que, para nós, são completamente misteriosas”, refere Vucetich.
Tendo como uma de suas paixões a vida e morte dos asteroides, não resistimos a abordar esse tema, até com base no que ocorreu há alguns meses atrás, quando um asteroide caiu no Leste da Europa. Afinal, estamos ou não na rota de colisão de asteroides? Existem perigos não revelados? Vucetich sorri e afirma que pequenos asteroides são facilmente detectados e todos eles poderiam ser um perigo para nosso planeta, mas, contudo, o seu número é muito reduzido e cada vez que aparece um é imediatamente monitorada sua trajetória. O perigo maior vem de asteroides chamados “escuros”, que só são detectados quando estão muito perto do nosso planeta: “Esse tipo de asteroide ainda está sendo estudado”, refere Vucetich.
O curioso, neste tema, é que na maior parte das vezes Júpiter protege o nosso planeta desses asteroides que vêm de fora. Júpiter é tão grande, que “suga” grande parte desses asteroides, que acabam por se chocar contra ele. Segundo nosso entrevistado, a probabilidade de um desses asteroides colidir com a Terra é extremamente baixa, o que não quer dizer que não possa acontecer: “É um problema muito complexo que está sendo estudado pela NASA e pela European Space Agency”, completa Héctor Vucetich.
Desde a Antiguidade, o Homem tenta conhecer a estrutura e a história do Universo e, desde esses remotos tempos, foram desenvolvidos diversos mitos cosmológicos, na tentativa de explicá-las. Atualmente, desenvolvemos o nosso próprio mito, o Big-Bang, que tenta explicar exatamente a mesma coisa que na Antiguidade, mas desta vez com base nas leis da física. Nesta palestra iremos expor como se desenvolveu esta teoria, incluindo seus êxitos e dificuldades.
Sempre bem humorado, permanentemente disponível, focado na sua áurea de conhecimento: estes são três dos predicados que conseguimos detectar, de forma espontânea, do perfil do Prof. Dr. Héctor Vucetich, docente aposentado e pesquisador da Faculdad de Ciencias Astronómicas e Geofísicas da Universidad Nacional de La Plata, Argentina, palestrante convidado de mais uma sessão do programa Ciência às 19 Horas, evento que ocorreu no dia 21 de maio, pelas 19 Horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC), que se encontrava completamente lotado.
O tema proposto para esta edição do programa Ciência às 19 Horas atraiu muita gente interessada em saber um pouco mais sobre os mistérios de tudo aquilo que nos rodeia: a palestra de Vucetich, intitulada O Nascimento do Universo, abordou as diversas formas como o Homem, desde a Antiguidade, vem tentando conhecer a estrutura e a história do Universo, inclusive influenciado, algumas vezes, por vários mitos cosmológicos, sempre na tentativa de obter mais explicações.
O Prof. Héctor afirma, em seu resumo referente à palestra, que o próprio Homem desenvolveu, na atualidade, seu próprio mito, o Big-Bang, só que desta vez baseado nas leis da física.
Na Antiguidade, a influência dos deuses sobre tudo o que rodeava o ser humano, dos comportamentos aos seus pensamentos, terá sido o mote para que o Homem tentasse explicar aquilo que, para ele, era de todo inexplicável: e o Universo era um dos cenários onde residia essa influência divina, era o lar do divino. Para Vucetich, a própria cultura Azteca comprova essa influência.
Foi a partir da civilização grega que o Homem iniciou as suas indagações racionais sobre o Universo, sobre o céu: Há fortes indícios que os gregos pensavam que o Universo sempre teria existido da mesma forma como eles o viam, sem qualquer alteração, um conceito que coincide com a filosofia cristã, até porque na Bíblia se pode ler que Deus criou o Universo em sete dias. E aí, claro, começaram a aparecer as perguntas: Mas, quando é que o Universo foi criado? Qual foi a data? A partir de Galileu, o Homem começou a querer saber a verdadeira história do Universo e, a partir desse momento, começou a descobrir que essa história estava intimamente ligada às leis da física, às leis da natureza, ou seja, indelevelmente ligada a conceitos científicos que passaram a ser estudados em laboratórios, comenta o pesquisador.
Para Vucetich, o Big-Bang se parece mais com um mito científico, até porque, para o palestrante, um mito nada é do que uma história que versa tempos remotos, antigos, cujos protagonistas são sempre individualidades prestigiosas, mas distantes do conceito real. Assim, Vucetich considera que as leis da natureza, que supostamente serão as protagonistas do Big-Bang, embora prestigiosas elas são distantes do panorama real: Considero o Big-Bang um mito científico: para outros, talvez seja um mito literário, refere o palestrante.
Em face de este ponto de vista de Héctor Vucetich, a dúvida permanece: então, de que forma é que o Universo foi formado? Segundo a opinião do pesquisador, o Universo nasceu graças à existência de minúsculas partículas, totalmente insignificantes, que foram se expandindo ao longo de milhares de milhões de anos, até chegarem ao ponto em que as conhecemos hoje, e aí as leis da natureza foram-lhes dando forma. Para Vucetich, isto é o que a teoria moderna e as consequentes observações têm demonstrado até hoje.
Para Héctor Vucetich, como em tudo na vida, todo esse trabalho tem tido êxitos e insucessos: Os principais êxitos que podemos referir com muita exatidão, já que, para os atingir, a complexidade dos trabalhos foi alta, são os inúmeros fenômenos e acontecimentos espetaculares que se observam diariamente no Universo e que são a base do nosso estudo e da evolução de nosso conhecimento, pontua Héctor. Por outro lado, o pesquisador refere que o principal fracasso é o fato de os cientistas ainda não terem algo que possa ser observado e testado em laboratório, por forma a aumentar e refinar o conhecimento: Ainda não conseguimos inventar uma substância com propriedades raras, por forma a escrever e a complementar, até a completar, a descrição do Universo, salienta o professor. Com a evolução científica e tecnológica, havia indícios de que se pudesse avançar mais no conhecimento do Universo, mas isso não tem ocorrido de forma veloz. Apenas 5% do Universo é conhecido, ou seja, 95% do que nos rodeia está por descobrir, em termos de sua composição, o que, para Vucetich, é um verdadeiro fracasso: Sim, é um fracasso! Sucesso seria você compreender tudo aquilo que vê, entender e explorar todas as substâncias que, para nós, são completamente misteriosas, refere Vucetich.
Tendo como uma de suas paixões a vida e morte dos asteroides, não resistimos a abordar esse tema, até com base no que ocorreu há alguns meses atrás, quando um asteroide caiu no Leste da Europa. Afinal, estamos ou não na rota de colisão de asteroides? Existem perigos não revelados? Vucetich sorri e afirma que pequenos asteroides são facilmente detectados e todos eles poderiam ser um perigo para nosso planeta, mas, contudo, o seu número é muito reduzido e cada vez que aparece um é imediatamente monitorada sua trajetória. O perigo maior vem de asteroides chamados escuros, que só são detectados quando estão muito perto do nosso planeta: Esse tipo de asteroide ainda está sendo estudado, refere Vucetich.
O curioso, neste tema, é que na maior parte das vezes Júpiter protege o nosso planeta desses asteroides que vêm de fora. Júpiter é tão grande, que suga grande parte desses asteroides, que acabam por se chocar contra ele. Segundo nosso entrevistado, a probabilidade de um desses asteroides colidir com a Terra é extremamente baixa, o que não quer dizer que não possa acontecer: É um problema muito complexo que está sendo estudado pela NASA e pela European Space Agency, completa Héctor Vucetich.
Os Raios Cósmicos(RC), descobertos em 1912 por Victor Hess, vem desde então desafiando a criatividade e imaginação dos cientistas que procuram determinar sua natureza e origem, ou seja, do que são constituídos, onde são produzidos e como chegam até nós.
Após uma introdução histórica em que revisamos os principais marcos na investigação deste fenômeno, apresentamos o Observatório Auger, um projeto internacional cujo principal objetivo é investigar a região de energias elevadíssimas dos raios cósmicos, energias estas que superam em cem milhões de vezes as energias dos mais poderosos aceleradores terrestres, como os do Fermilab e Cern.
Apresentamos também a mais recente descoberta do Observatório Auger, na qual demonstramos pela primeira vez que os RC de energias elevadíssimas são extra-galácticos, isto é, são produzidos fora da nossa galáxia.