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12 de março de 2018

A história do projeto GENSAT: uma revolução transgênica na ciência do cérebro

O conhecimento dos mecanismos moleculares que contribuem para a formação, funcionamento e disfunções do cérebro devem incluir informações sobre a distribuição especifica dos gens e proteínas, assim como, a identificação, visualizará e manipulação genética dos deferentes tipos celulares.

O projeto GENSAT (“Gene Expression Nervous System Atlas”) tem como objetivo o mapeamento dos padrões de expressão de milhares de gens do sistema nervoso central (SNC) e esta envolvido na criação de uma biblioteca de clones de cromossomos artificiais bacterianos (BAC- “Bacterial Artificial Chromosome”), e na geração de camundongos transgênicos que possuem gens fluorescentes que permitem estudos anatômicos e funcionais.

 

 

 


Resenha

Em uma iniciativa do IFSC, decorreu ontem, dia 19 de agosto, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, pelas 19 horas, uma edição extra, referente ao mês de agosto, do programa ?Ciência às 19 Horas?.

O tema da palestra foi ?A História do Projeto GENSAT: Uma revolução transgênica na ciência do cérebro?, apresentado pela Dra. Terence Duarte, única pesquisadora brasileira presente entre os dez cientistas internacionais que fazem parte do GENSAT, projeto este que se encontra sediado na Rockefeller University, em Nova York (EUA), desempenhando, simultaneamente, a função de supervisora do Centro de Histologia local.

O GENSAT ? cuja sigla significa Gene Expression Nervous System Atlas ? é patrocinado pelo NIH – National Institute of Health (em português, Instituto Nacional de Saúde) dos Estados Unidos e pode ser definido como um grande atlas de genes do sistema nervoso central e na criação de camundongos transgênicos.

Para os leigos, poderá ser difícil a compreensão, mas trata-se, de fato, de uma instituição que estuda a anatomia do sistema nervoso central em camundongos transgênicos, com a finalidade de mapear e diferenciar células que possuem genes diferentes.

Segundo a pesquisadora ?a geração de conhecimento molecular, através deste método, poderá fazer com que os cientistas descubram novos e inovadores caminhos que levem à criação de novos medicamentos que sejam capazes de alcançar, com eficácia, zonas distintas do cérebro humano, atingindo e combatendo, de forma unilateral (sem comprometer outras células), doenças como os males de Parkinson e Alzheimer?.

Daí que o Projeto GENSAT seja extremamente importante no mapeamento dos padrões de expressão de milhares de genes do sistema nervoso central, estando envolvido na criação de uma espécie de ?biblioteca? de clones de cromossomos artificiais bacterianos, na criação de camundongos transgênicos que possuem genes fluorescentes (de cor verde), que permitem aprofundados estudos anatômicos e funcionais.

Tudo isto com o intuito de se colherem mais e melhores informações sobre a distribuição específica dos genes e proteínas, bem com a identificação, visualização e manipulação genética dos diversos tipos celulares: o objetivo é adquirir um maior conhecimento dos mecanismos moleculares que contribuem para a formação, funcionamento e disfunções do cérebro (neste último caso e dentre outras, as doenças já citadas – males de Parkinson e Alzheimer).

Rui Correia Sintra – Jornalista

A história do projeto GENSAT: uma revolução transgênica na ciência do cérebro
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A história do projeto GENSAT: uma revolução transgênica na ciência do cérebro

16 de fevereiro de 2018

A Evolução das Espécies: Simulações Computacionais

A teoria da evolução das espécies baseia-se em dois pilares fundamentais: as mutações, que ocorrem nos genomas no momento da reprodução e que fazem com que os filhos não sejam idênticos aos pais e a seleção natural, que atua como um juiz acerca das conseqüências destas mutações. As mutações são totalmente inevitáveis e aleatórias, podendo ser deletérias (nocivas), boas ou neutras.
O papel fundamental da seleção natural é, como o próprio nome indica, o de selecionar, dentre todas elas, aquelas que podem, aquelas que devem e as que não devem ser repassadas de geração em geração.
Trata-se de um processo extremamente lento, adaptativo, que conduz à enorme variedade de espécies que encontramos hoje na Natureza e capaz também de explicar muitos fenômenos, como o envelhecimento, ao qual estamos todos sujeitos.
O seu objetivo é sempre o mesmo e único: garantir a preservação da espécie. Um exemplo de tal fato é a doença de ALZHEIMER: por ser uma doença genética, seus portadores já nascem com ela. Contudo, seus efeitos só se manifestam a partir dos 60 anos e, portanto, não impedem a reprodução. Como conseqüência, tal doença é bastante comum.
Já a síndrome de Huntchinson-Gilford (envelhecimento precoce), também hereditária, é extremamente rara, pois pode matar aos 13 anos de idade, portanto antes da reprodução, impedindo que o indivíduo contribua para a preservação da espécie.
Outros fenômenos conseqüentes da seleção natural são, por exemplo, a existência da menopausa, que faz com que as fêmeas parem de reproduzir prematuramente e o envelhecimento catastrófico de algumas espécies, como o salmão, que morre logo após a reprodução.
Desde 1995 o grupo de Sistemas Complexos do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro, vem utilizando e aprimorando modelos muito simples, para estudar e melhor compreender os fenômenos acima mencionados.
O objetivo desta palestra é o de mostrar como tais modelos, que requerem apenas computadores de pequeno porte para serem implementados, podem se transformar num excelente laboratório onde a evolução, extremamente lenta e irreversível na prática, pode ser simulada.

A Evolução das Espécies: Simulações Computacionais
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A Evolução das Espécies: Simulações Computacionais

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