Palestra

25 de junho de 2018

Carola Chinellato aborda “O que mais vem do céu além da luz das estrelas?”

Em mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, ocorrida no dia 19 de junho, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), a palestrante convidada foi a Profª Drª Carola Dobrigkeit Chinellato, que dissertou, perante uma plateia entusiasmada, sobre o tema O que mais vem do céu além da luz das estrelas?

Com extrema boa disposição, a pesquisadora tornou extremamente fácil a compreensão de um tema que, à partida, poderia ser complicado para os leigos, tendo começado sua explanação abordando o fato do planeta Terra ser continuamente bombardeado por “raios cósmicos”, que, em sua maioria, são núcleos de átomos que chegam de todas as direções do céu.

A pesquisadora explicou que, ao entrar na atmosfera, cada um desses raios interage com um átomo do ar, produzindo novas partículas, que, por sua vez, também reagem, dando origem a outras, em uma cascata de reações. Ao conjunto das partículas descendo até o solo dá-se o nome de “chuveiro atmosférico”. “Nós não nos damos conta de que estamos sendo atravessados por partículas desses chuveiros e não percebemos nenhum efeito. É como fazer o “Raio X” de um dente: não sentimos nada”, salienta a ProfªCarola.

Alguns raios cósmicos chegam à Terra com energias muito altas, da ordem da energia de uma bola de tênis sacada por um jogador profissional, concentrada em uma partícula subatômica. Os raios cósmicos mais energéticos são justamente os mais raros. Apenas um deles, em média, chega ao topo da atmosfera em um quilômetro quadrado em um ano. Justamente por isso, é tão difícil medi-los. “Para observá-los, necessitamos de detectores gigantescos, como aqueles que existem no Observatório Pierre Auger, instalado nos pampas argentinos, e do qual o Brasil participa ativamente”, enfatiza a pesquisadora, que, na sua palestra, mostrou o papel e a importância desse observatório na tentativa de conhecer a identidade desses raios cósmicos ultraenergéticos, de onde eles vêm, como foram produzidos e como interagem.

Carola Chinellato aceitou nosso convite para, de forma muito simples, resumir sua apresentação.

Clique na imagem para assistir ao depoimento da pesquisadora.

(Rui Sintra – jornalista)

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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